terça-feira, 20 de outubro de 2009

Não sei...

Se cada ser humano é absolutamente diferente um do outro, por que quando se trata de amor deveria haver alguma semelhança. Por mais que digam que amam, cada um tem seu jeito particular e único de sentir.
E o mais difícil é ajustar as expectativas em relação ao outro. A gente nunca quer ser amado como o outro nos ama, mas sim como idealizamos o amor. Esperamos que a outra pessoa reaja exatamente como nós reagiríamos e nunca, simplesmente nunca é assim.
Acho que a única solução é ser menos egoísta, pensar menos em si e mais no outro. Se colocar em seu lugar. Não se contentar com pouco, mas com o suficiente, com o máximo que o outro oferece.
Difícil, muito difícil. Exercício constante de paciência, altruísmo e desapego. Nem sempre dá certo e só depois de muito tempo percebemos o quanto erramos.
Quem sabe eu consiga, quem sabe comigo seja diferente. Quem sabe...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Cruzando os dedos

A possibilidade da mudança. Excitação, ansiedade.
Quem sabe eu possa fazer isso por mim, por nós dois...
Se for melhor vai dar certo. Vamos torcer.
E depois a gente aproveita, vive, desfruta.

sábado, 26 de setembro de 2009

Final de semana

Hora extra na sexta à noite. Já são quase dez da noite quando nos encontramos. Agimos como crianças que se adoram e são absolutamente bobas e felizes. O riso rola solto e fácil. O sexo é incrível, apaixonado. Antes que eu consiga sonhar o despertador toca, você levanta assustado, se arruma e vem se despedir. Me beija demoradamente. Um abraço apertado de quem quer ficar. Ficar não só comigo, mas com os amigos, com a casa, ficar sem trabalhar, um final de semana que seja. Com este já são seis sem você. Acho que vou parar de contar.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Eu, você e o frio

Este é outro importado do antigo blog www.papeleletronico.zip.net, publicado em 4/6/09

Enrosco meus pés nas suas pernas e me aninho no mais tradicional estilo conchinha.
Finjo ignorar o alarme irritante do celular. A idéia de levantar, tomar banho e enfrentar os 5ºC me assusta. No fundo, nem ligo pra ela.
Durmo mais dez minutos. Novamente o celular. Quem inventou isso? Que coisa!!!
Me encolho ainda mais dentro dele.
Sim, não tenho mais escolha. Saio da cama quase congelando. Sinto os dentes baterem involuntariamente.
Olho para ele e me consolo. Suspiro e sorrio. Tudo bem encarar o frio, o sono e a preguiça. A noite valeu a pena.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Estranho

Quem é você, que chega assim, cambaleando, com a voz mole, sem assimilar direito as palavras?
Quem é você, que ofende, machuca, magoa, sem o menor pudor ou senso de conseqüência das coisas?
Quem é você, que não tem limite, que se arrisca, que coloca em xeque tudo o que um dia conquistou?
Quem é você, que coloca sua vida em risco, a dos outros, como se tivesse apenas 18 anos?
Quem é você que pega todo o amor que as pessoas te dedicam e simplesmente coloca na lata do lixo?
Quem é você que planta a mágoa e faz com que as pessoas te queiram longe delas?
Cadê aquele cara que aprendi a admirar, que sempre foi meu herói, minha inspiração, meu confidente? Cadê aquele que me levaria no altar, que teria orgulho de mim e das minhas escolhas?
Volte, se reencontre. Sinto sua falta.

A poeira e o tempo

O blog anda empoeirado, sua dona, sem tempo pra colocar no papel todas as coisas, simplesmente foi deixando. Agora transbordou e nada resta a fazer a não ser bater os dedos desesperadamente no teclado, despejar tudo de uma vez, ainda que não faça sentido.
O tempo. Ela vive dizendo que está correndo, que não tem tempo pra nada. Dois empregos, a pós, a família, o namorado, os amigos e ela mesma. Tudo isso a está consumindo mais do que ela imaginava. Ela é pura contradição. Ao mesmo tempo que se sente exausta, sem energia alguma, se orgulha do que tem feito. Afinal, anos a fio de estudo e dedicação resultaram nisso. Ela sabe que é boa no que faz, é reconhecida, se dedica aos estudos, aos amigos, ao namorado. Ela sabe que sua energia acaba porque é tudo sempre 100%. Ela não saber fazer pela metade ou mal feito. Já que é pra fazer, que seja direito.
Claro que ela e todos que a rodeiam sofrem as conseqüências disso. Os relacionamentos. Esses, sim, deixam a desejar. Nesses, ela não é 100%. Retorna as ligações dos amigos no dia seguinte, não participa das reuniões em família, precisa escolher quais amigos vai encontrar e o namorado, “hunf!”, está quase cansado de vê-la dormir. Mas no fundo, todos eles entendem. Pelo menos é o que ela espera deles. Que vejam que essa loucura é que a deixa feliz, é esse jeito ligado no 220v que a faz ser ela. Parecendo doida, muitas vezes, mas única.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Família



Muitas pessoas devem ter se perguntando, em algum momento, quem são essas pessoas que chamamos de família. Eu me pergunto, às vezes, com qual objetivo fui colocada nesta e não naquela. Não que eu não os ame, não tem nada a ver com sentimento, tem a ver com afinidade. Há momentos em que olho para o lado e não me reconheço naquele lugar, com aquelas pessoas.
Claro, tem toda essa coisa de que eles são nossa base, nosso porto-seguro. Não quero ser a anti-Cristo e negar tudo isso. Só queria entender. Se são pessoas com quem convivemos há um tempão, que ajudaram e influenciaram tanto na nossa formação como ser humano, por que raios são tão diferentes da gente? Por que fazem coisas que abominamos e não fazem aquelas que apoiaríamos totalmente? Uma vez ouvi alguém dizer que família é um grupo de pessoas estranhas que se parecem. Será?
Tudo isso deve ter um motivo cósmico, um carma esptiritual, algo que foge à nossa compreensão, mas que certamente está nos planos do senhor lá de cima.
Vai entender...