quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Família



Muitas pessoas devem ter se perguntando, em algum momento, quem são essas pessoas que chamamos de família. Eu me pergunto, às vezes, com qual objetivo fui colocada nesta e não naquela. Não que eu não os ame, não tem nada a ver com sentimento, tem a ver com afinidade. Há momentos em que olho para o lado e não me reconheço naquele lugar, com aquelas pessoas.
Claro, tem toda essa coisa de que eles são nossa base, nosso porto-seguro. Não quero ser a anti-Cristo e negar tudo isso. Só queria entender. Se são pessoas com quem convivemos há um tempão, que ajudaram e influenciaram tanto na nossa formação como ser humano, por que raios são tão diferentes da gente? Por que fazem coisas que abominamos e não fazem aquelas que apoiaríamos totalmente? Uma vez ouvi alguém dizer que família é um grupo de pessoas estranhas que se parecem. Será?
Tudo isso deve ter um motivo cósmico, um carma esptiritual, algo que foge à nossa compreensão, mas que certamente está nos planos do senhor lá de cima.
Vai entender...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Amigos

Amigo é assim, uma coisa meio sem explicação, muito mais de sentimento, de convivência.
Quando tem alguma coisa para comemorar, feito aniversário, eles aparecem. E você sabe que não é pela cerveja, pela comida ou pelo bolo, é por você. E essa é a melhor sensação que alguém pode experimentar. Se sentir querido. Tem aqueles que viajam, aqueles que você nem se lembra quando conheceu, de tanto tempo que já passou, aqueles que a afinidade foi instantânea e aqueles que já são da família. Tem os que ligam depois, só pra deixar um beijo, os que mandam e-mail e os que fazem questão de passar, só pra dar um abraço.
Amigo é feito planta. Você cultiva e um dia, ele dá frutos e é sempre um ciclo. Tem frutos que demoram anos e outros que são quase semanais.
O importante é saber que essas pessoas estão na sua vida porque querem, não tem laço sanguíneo ou obrigação de qualquer tipo. É carinho e pronto.
E tudo o que me resta dizer é: obrigada queridos!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aniversário

Um telefonema e você diz que não vai. Eu entendo, compromisso, trabalho, responsabilidade. Eu entendo, mas minha alma esperneia. Fico feito boba resmungando, indignada. De todos os outros 364 dias do ano você precisa estar ausente no que eu mais te quero presente?
Tudo é tão vazio sem você. A comemoração até faz sentido, mais um ano de vida e todas essas coisas. Mas não tem graça. Simplesmente não tem.
Quero seu olhar, seu abraço, seu sorriso, você.
Que droga! Pra quem vou dar o primeiro pedaço de bolo?
Me conformo. Não adianta reclamar, isso só acentua ainda mais a raiva.
Estarei lá, mas com você nos pensamentos, no coração e na alma. Te reservarei os melhores momentos da noite e tudo bem. Vou tentar aproveitar os outros 364 dias do ano.

Hunf!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência

Ah, sim, a gente sempre acha que por mais sapo que ele pareça, no fundo é um príncipe.
Se arruma, se perfuma, põe o melhor sorriso no rosto e corre pros seus braços. Ele sorri de volta, está feliz com a presença dela.

Passados cinco minutos esquece da sua existência. Afinal, a competição é muito acirrada para a pobre coitada. Programas de esporte, o resultado do jogo, amigos tocando a campainha, um som novo pro carro, o sono que vai chegando. Ufa! É muito, ela é uma só.

Não são nem nove horas e ele dorme ao seu lado. Ela olha, com ar de desgosto e decepção. Que droga! Por que não pode ser como imaginei? Porque ele não pode ser fofo, querido, atencioso, carinhoso e gentil? Forget it baby, é um homem, não um desenho da Disney.

Vê o filme que levou sozinha. Se diverte. Passa a raiva.

Ele acorda pouco depois das onze. Com a cara amassada sorri pra ela, pede desculpas, diz que estava cansado. Ela sorri de volta. Sabe que já o desculpou, antes mesmo de ele dormir. No entanto, não perde a oportunidade. Faz seu discurso “não somos casados, desse jeito nenhum relacionamento sobrevive”. Ele pede desculpas novamente. Se abraçam, ela ainda reluta, quer mostrar que ficou chateada. Ele lhe dá seu sorriso preferido, seguido de um longo beijo carinhoso. E pronto. Lá se vai a raivinha e a chateação...